quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A PROSTITUTA

São muitas as táticas e estratégias a que se recorre para a sedução e conquista de alguém, que se quer, para a satisfação do instinto sexual. Serenatas, cartas, cantadas e etc. Normalmente é o homem que parte para a ignorância no afã de chegar às vias de fato no ato sexual. Não tem muita conversa não, vai à luta para conquistar a coisa. Já no reino animal irracional o processo muitas vezes e racional. O pavão, por exemplo, abre seu rabo colorido em leque para atrair a sua amada para o acasalamento. Os gibões passam um bom tempo cantando em cima dos galhos das arvores até irem para os finalmente. Existem também as formas de acasalamento mais radicais. As meninas gafanhotos, aranhas e escorpiões, puteadas de tanta encenação e perda de tempo, nos ritos de acasalamento, que após o ato sexual matam e comem os machos para que eles não perturbem mais outras fêmeas. Bem, a vida sexual é um cu para contar e outro para conferir. As meninas de programa e principalmente as rampadeiras, são elas que iniciam o rito do acasalamento. Elas lá têm suas táticas não muito convencionais. Partem para a ignorância com a exibição de seu corpo quase desnudo ao relento e aos olhos dos machos sedentos. Fazem do corpo desnudo uma isca. Estas vadias se realizam satisfazendo os iniciantes e os marginalizados sexualmente. Uma destas desvirginadas da vida foi despejada pelo vagabundo carente sexual satisfeito numa rua de pouco movimento. Ela, embriagada, sem as roupas de baixo, segurava desajeitada o vestido a meia altura, acima do umbigo, para assim permitir uma ventilação adequada na genitália em ardência. Cantava desafinada uma canção qualquer. Os cachorros sérios, de raça, nos quintais e os vadios da rua uivavam num coral desastroso acompanhando a desvairada perdida. A noite era fria e no céu a lua envergonhada se escondia por detrás das densas nuvens. A cantilena continuou até que alguém, um macho já sexualmente satisfeito viesse para por fim aquela melopéia infernal, e ao chegar perto da caolha diz: - Sua cadela filha de uma puta, de o fora daqui! Depois de todo este elogio ela tentou abraçá-lo e respondeu: - Queridão, você não quer se divertir um pouquinho? - Eu vou chamar a polícia! - Não precisa tanto homem assim, você já me satisfaz. Foram inúteis as ameaças. Ele se recolheu para refrescar a cachola e na esperança de que ela desse o fora. O musical continuou no meio da rua. Um pouco depois, extravasando rancor ele sai e aos gritos comunica: - Vou buscar minha filha e quando eu voltar não quero ver você aqui, entendeu? - Oh! Meu amor, você está nervoso! Eu posso te acalmar. O sangue só não conseguiu sair pelas veias, mas a vermelhidão do seu rosto mostrou toda sua ira contida, e assim sentenciou: - Se quando eu voltar você estiver ainda por aqui eu fodo com você, sua biscate nojenta! - Vai garotão que eu te espero! Ele pegou o carro e saiu cantando pneu. Mais tarde ele voltou e quem lá estava no meio da rua cantando suas desastradas canções? Ela, a vadia, a persistente prostituta. - Vem cá, gostosão, estou te esperando! Vou te fazer feliz! Ele prometeu foder com ela e por isto ela esperou. Ele entrou furibundo para dentro de casa; Imediatamente saiu, e no jardim ele pegou alguma coisa, e veio ao encontro dela. Ela bêbada, arregalou os olhos e babou satisfeita quando viu aquela coisa comprida balançando na mão do cara. Para facilitar ela já estava despida, e gritou: - Vem, meu amor, que eu endureço esta coisa mole! Ele chegou e sem muita cerimônia apagou o fogo dela. Ouviram-se gritos que assustou o bairro todo. Com a mangueira do jardim na mão, se aproximou, ligou a água e deu um belo banho na pervertida. A doidivanas pelada, molhada, de fogo apagado enquanto fugia gritava: - Seu filho de uma puta, eu vou à delegacia da mulher! E perdeu-se na escuridão da noite. por: Mario dos Santos Lima