quinta-feira, 26 de abril de 2012

CRONICAS AO SABOR DO TEMPO

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sábado, 14 de abril de 2012

UMMONSTRO RESSUSCITADO

Devemos ter muito cuidado na condução e maneira de educar nossos filhos. Nas suas cabecinhas virgens mundos malucos podem ir se povoado como se fossem realidades. Devemos estar atentos naquilo que eles fazem, que lêem ou assistem. Podem, muitas vezes, se tornar um Dom Quixote e fugir da realidade para viver uma fantasia. E aí que reina o perigo.
Aconteceu com meus filhos quando ainda eram lampinhos e despelados do pescoço para baixo. Mal tinham saído dos cueiros, e já tinham muitos mundos irreais para explorar. Muitas histórias contadas e muitas loucuras apresentadas na televisão e pronto, lá estavam eles prontos, transvestidos de Dom Quixote e Sancho Pança para a luta e a conquista de espaços.
Minha vizinha tinha um pestinha que nascera na mesma época. Aderiu aos meus e para completar o grupo de combate os três conquistaram a amizade de um negrinho que sem família, solto pelo mundo era, pela sua experiência o professor deles.
Os quatro, nas peraltices se transvestiam de Dom Quixote. Um Quixote já é dose cavalar, imagine quatro.
Certa feita, um caboclo parou seu Gordini quase em frente de casa por falta de combustível. Desceu do carro, disse uns impropérios, chutou o pneu e saiu meio sem rumo em busca de combustível.
Os quatro boquiabertos assistiram a cena e imediatamente seus neurônios entraram em convulsão e a coisa aconteceu.
- Vamos ajudar o homem a combater o monstro? Um deles perguntou, mas sua pergunta foi muito mais em tom de ordem. Com cabos de vassoura, pedaços de paus e facas foram corajosos e destemidos à luta.
Aos olhos deles o gordine se transformou em um dragão que faminto e amalucado soltava labaredas pelas ventas. Os três, em armadura anti-chama, e com suas espadas empunhadas começaram a luta.
O início da batalha foi uma dança extraterrestre. Pulavam aos gritos ao derredor do monstro. A dança tinha a finalidade de atordoar o infeliz.
A luta seria sanguinolenta e iria necessitar de muita coragem e determinação.
A dança estava surtindo efeito. O monstro estava se rendendo.
Quando as chamas das ventas do monstro não estavam tão aquecidas, atacaram estrategicamente em primeiro lugar suas quatro patas, que imediatamente num psiiiiii prolongado arriou ao chão. O monstro, com suas pernas quebradas, em parte estava dominado, e assim os quatro subiram no seu dorso e sem dó e nem piedade desceram o cacete.
O monstro se contorcia, gemia, pedia clemência, mas nada fazia com que as espadadas, cacetadas parassem de ser desferidas no seu lombo.
Num uivo ensurdecedor, se urinando todo, soltando fumaça pelas ventas o monstro finalmente entregou a alma ao deus dele.
Muito feliz a molecada gritava o grito do combate terminado quando lá distante observaram a chegada do homem que havia fugido do monstro. Por certo ele espreitou toda a luta e agora, com segurança, estava vindo para agradecer.
Chegou correndo.
Vinha bufando e desesperado, com um pacote plástico cheio de um líquido que mais parecia urina.
Ao olhar estupefato seu carro com os quatro pneus furados e com a lataria completamente danificada uivou:
- Seus filhos de uma puta, o que vocês fizeram com o meu lindo gordine?
Gordine deveria ser o nome do monstro. Mas lindo?! Isto já foi exagero do homem.
O homem, em desespero sentou na calçada, ao lado de seu danificado carro e gritou para a molecada.
- Quero o pai de vocês imediatamente aqui, seus pestinhas vagabundos! Eu deveria matar vocês!
A molecada não conseguiu entender nada. O monstro jazia inerte no chão e ao invés de elogios eles estavam recebendo ameaças e ainda tinham que chamar o pai? Mas por que chamar o pai, se não foi ele que abateu o monstro? Será que o homem vai agradecer o pai pelo feito? Isto não seria justo!
Resolveram sob protesto chamar o pai.
O neguinho era filho do mundo. Seu pai era a tempestade e sua mãe o luar. Nada mais se sabia dele. O pestinha do meu vizinho era órfão de pai; e a mãe? Bem a mãe, não sei. Acabou sobrando para mim. Teria que ir lá receber os elogios do homem pela morte do monstro.
Quando cheguei, quase cai de costa. Vi a realidade nua e crua. Do lado de um carro destruído havia um homem espumando de ódio. Rapidamente entendi o que aconteceu. Encomendei minha alma ao meu Deus e fui tremendo de medo enfrentar a fera.
Nesta luta eu fui abatido.
Gastei em pneus e funilaria o dinheirinho sagrado de uma viagem que iria fazer.
Meus filhos numa luta sangrenta abateram o dragão e ficaram muito felizes e orgulhosos pelo pai todo poderoso que ressuscitou o monstro.

por: Mario dos Santos Lima

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O CORAÇÃO NO PÉ

De repente um sururu danado no hospital. Lá estava a mãe de minha amiga envolvida no maior qüiproquó da região.
Com os dedos tampando os orifícios das fossas nasais, envolvi-me também no drama e fiquei sabendo do cerne da história.
Tudo aconteceu por medo, afobação, falta de organização e método.
Ha seis meses a mãe de minha amiga em conversa fofocal com o Senhor Volta, lá pelas tantas perguntou de que mal a mãe dele havia falecido.
- Do coração! De pronto o Senhor Volta responde e completa.
- Ela estava bem, assim como você está agora e de repente, bumba, aconteceu!
- Mas, mas, gaguejando a mãe de minha amiga quer detalhes.
- Ela simplesmente não fazia os exames de rotina! Abrilhantou o Senhor Volta e acrescentou em tom de ordenança:
- Pelo seu aspecto seria conveniente você fazer os exames médicos, principalmente do coração!
Colocaram um ponto final no tagarelar e ela, gelada, tremendo, com tonturas, se apoiando no ombro da filha pede para levá-la imediatamente ao médico.
O médico faz todos os exames e conclui:
- Nada de errado com a senhora. Tudo está funcionando adequadamente. Pode ir tranqüila.
- Por favor, Doutor, de-me uma guia para exames do coração.
O médico com pressa e querendo se livrar da mãe de minha amiga lavra a guia e a entrega. Num telefone público qualquer ali ao derredor da clínica a mãe de minha amiga agendou o tal exame.
Ao terminar o telefonema, e dar meia volta para sair, torce desgraçadamente o pé num maldito buraco na calçada. Aos gritos é levada ao pronto socorro para exames. O médico nada constatou, mas forneceu uma guia para raio x da região afetada.
Pelo acúmulo de serviço os exames só seriam possíveis seis meses mais tarde. Guardou a guia para o coração e praticamente dispensou a guia para o raio x do pé. Ela caminhava bem, mas seu coração sabe lá Deus!
O tempo não pra e passou correndo, feito um doido, despreocupado de tudo.
Certa manhã a mãe de minha amiga acorda toda esbaforida. Deita os olhos num calendário qualquer e confirma: - Era a véspera do exame do coração. Ela pula da cama e sai doida à busca da guia.
- Cadê a guia? Foi a pergunta que bailou louca por toda a casa.
- Cadê a guia? E a pergunta foi repetida aos berros, naquela casa, milhares de vezes.
Já sem forças, não gritava, resmungava apenas.
- Cadê a maldita guia? E todo mundo em pavorosa procurando a dita guia. Gavetas, armários tudo ficou revirado, a casa ficou num pandemônio danado, e nada da guia.
Foram inúteis as buscas que se estenderam noite adentro. Por fim a empregada aos prantos confessa que jogou uns papeis na lixeira tempos idos.
A madrugada estava fria e uma neblina cobria a cidade como se fosse um véu macabro de noiva morta no dia do casamento. Era fria e umedecia os ossos. Minha amiga, sua mãe e a empregada no lixão da cidade reviravam afoitas cada centímetro quadrado daquela imundície toda. Restos de comida, merdas e outras nojeiras passavam de mão e mão na desesperança quase incontida de encontrar a maldita guia.
A madrugada rendeu-se ao dia que veio com o sol escaldante. O cheiro do monturo era insuportável e três criaturas, quase irreconhecíveis lá estavam chafurdando tudo ao lado de magros cães, gatos pestilentos e centenas de urubus. Os mendigos chegaram e quase teve o início de um tumulto geral, e a pergunta que não queria calar ecoou no lixão:
- O que vocês três estão fazendo aqui no nosso sagrado ambiente de trabalho?
Um momento de sepulcral silêncio e as três imundas criaturas, aos prantos tentaram explicar e pediram ajuda.
Mendigo é bicho sujo, ignorante e feio, mas tem dentro desta carcaça um bom coração, e assim lá estavam eles também chafurdando aquele monturo atrás da famosa guia.
O sol a pino só não queimava a pele das três porque elas estavam encobertas de excrementos e restos de alimentos.
- Achei!
Como se fosse o uivo da fêmea na hora do orgasmo, um dos mendigos, lá mais no alto, de braços erguidos segurando um papel grita:
- Achei a guia!
Com a guia na mão, as três choravam copiosamente circundadas pelos vagabundos do lixão que aplaudiam e cobriam de imundicie ainda mais as costas das três com suas mãos batendo em felicidade.
As três imundas pegaram o caro e saíram cantando pneus.
Faltava pouco tempo para a hora do exame.
Na portaria o porteiro saiu correndo com os dedos nas narinas. O povo que aguardava atendimento, ao sentir o cheiro de carniça e merda saiu em debandada. Das atendentes apenas uma, com máscara, ficou para recepcionar as três. A polícia foi convocada.
A mãe de minha amiga olha para atendente e apresenta orgulhosa a guia toda suja de merda, amassada e quase desfigurada.
A atendente veste uma luva, pega aquilo, lê com dificuldade e pergunta:
- É o exame de raio X do seu pé direito? Não é?
A mãe de minha amiga dá um urro que ecoou por todo o hospital
- Puta que o pariu achamos a guia errada!
Ela só não caiu porque a polícia com máscaras contra gases chegou e colocou as três em camisa de força, levando-as para o pinéu.
E eu nada pude fazer!

por: Mario dos Santos Lima

terça-feira, 3 de abril de 2012

POR QUE FINGIR?

Por que fingir, se gosto de você?...
Por que me iludir se isto é a verdade?...
Pois sinto uma coisa, nem sei mais o que
Quando triste penso em você com saudade.

Creia em mim... eu choro um choro de dor
por não ver seus lábios agora sorrindo,
por não ver seus olhos repletos de amor,
por não ver seus negros cabelos tão lindos.

Sinto-me afogar, num mar de tristeza
por estar distante de minha amada,
meu primeiro amor... mas, tenha certeza,

que das tantas outras mulheres que amei;
morenas ou loiras, você foi a única
que eu de saudade bem doido chorei

por: Mario dos Santos Lima